238 Anos de Porto Alegre
O Mapa
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo. . .
Sinto uma dor infinita
Dsa ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei. . .
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
( E há uma rua encantada
Que em sonhos sonhei )
Quando eu for, um dia desses
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso. . .
Que faz com que teu olhar
Pareça mais um olhar,
Suave misterio amoroso,
Cidade do meu andar
( Desde já tão longo andar ! )
E talvez do meu repouso. . .
Mário Quintana
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